sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Um pouco Maria Montessori - A médica que valorizou o alunoSegundo a visão pedagógica da pesquisadora italiana, o potencial de aprender está em cada um de nós

Poucos nomes da história da educação são tão difundidos fora dos círculos de especialistas como Montessori. Ele é associado, com razão, à Educação Infantil, ainda que não sejam muitos os que conhecem profundamente esse método ou sua fundadora, a italiana Maria Montessori (1870-1952). Primeira mulher a se formar em medicina em seu país, foi também pioneira no campo pedagógico ao dar mais ênfase à auto-educação do aluno do que ao papel do professor como fonte de conhecimento. "Ela acreditava que a educação é uma conquista da criança, pois percebeu que já nascemos com a capacidade de ensinar a nós mesmos, se nos forem dadas as condições", diz Talita de Oliveira Almeida, presidente da Associação Brasileira de Educação Montessoriana.


Individualidade, atividade e liberdade do aluno são as bases da teoria, com ênfase para o conceito de indivíduo como, simultaneamente, sujeito e objeto do ensino. Montessori defendia uma concepção de educação que se estende além dos limites do acúmulo de informações. O objetivo da escola é a formação integral do jovem, uma "educação para a vida". A filosofia e os métodos elaborados pela médica italiana procuram desenvolver o potencial criativo desde a primeira infância, associando-o à vontade de aprender – conceito que ela considerava inerente a todos os seres humanos.

O método Montessori é fundamentalmente biológico. Sua prática se inspira na natureza e seus fundamentos teóricos são um corpo de informações científicas sobre o desenvolvimento infantil. Segundo seus seguidores, a evolução mental da criança acompanha o crescimento biológico e pode ser identificada em fases definidas, cada uma mais adequada a determinados tipos de conteúdo e aprendizado.

Maria Montessori acreditava que nem a educação nem a vida deveriam se limitar às conquistas materiais. Os objetivos individuais mais importantes seriam: encontrar um lugar no mundo, desenvolver um trabalho gratificante e nutrir paz e densidade interiores para ter capacidade de amar. A educadora acreditava que esses seriam os fundamentos de quaisquer comunidades pacíficas, constituídas de indivíduos independentes e responsáveis. A meta coletiva é vista até hoje por seus adeptos como a finalidade maior da educação montessoriana.
 
Fonte http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/medica-valorizou-aluno-423141.shtml
 
Comentário postado pela academica: Iolanda Rosa F. Soares

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Escolas Montessorianas no Brasil

Hoje no Brasil existem escolas que utilizam os métodos montessorianos nos seguintes estados brasileiros: Pará, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Alagoas,Bahia,Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul 


A década de noventa foi marcada por mudanças rápidas em todos os níveis - social, político, econômico, tecnológico - trazendo com isso muitas predições sobre o novo século que se aproximava. Estas inovações que chegam com a força de uma avalanche requerem de todos uma busca de adaptações, para que consigam sobreviver no mercado de trabalho e nesta luta muitos são derrotados; analisando a qualidade dos vencedores deste processo, verificamos que desenvolveram a habilidade de absorver rapidamente novos conceitos e a tecnologia deles derivada assim como uma valorização humanística dos indivíduos que participam desta empreitada.
A família e a sociedade estão preocupados em como preparar a geração, que neste momento se constrói,para assumir o mundo novo do século XXI. Perguntas nos assombram como pais e como educadores: quais serão as características do mercado de trabalho a ser enfrentado por nossos filhos e netos? Qual o perfil de uma pessoa bem sucedida? Estarão as escolas preparadas para atender estes novos objetivos? Como garantir a sobrevivência econômica de nossos herdeiros? Como garantir o equilíbrio emocional e afetivo? Como proporcionar-lhes felicidade?
A revista EXAME, em 1994, em artigo assinado por Maria Amália Bernardi, lança algumas palavras como fundamentais para o sucesso das pessoas que viverão este novo período da história da humanidade, são elas: tecnologia; conhecimento; globalização; serviços.
A velocidade espantosa das conquistas tecnológicas pode atropelar o indivíduo que não esteja preparado para comandar este bólido; maleabilidade e habilidade de aprender continuamente são, portanto, quesitos fundamentais ao novo homem; outra demanda, decorrente deste aspecto, é a utilização ética do conhecimento, que deve ser colocado a serviço de todos os seres da Terra e do Universo - mesmo daqueles cuja existência ignoramos.
A globalização exige um pensar universal, que deve iniciar-se na infância, pois somente assim garantiríamos uma sociedade de viventes que respeitando-se mutuamente, preservam as ligações de interdependência que protegem a VIDA. A imagem da cédula que constrói a si mesma, alimentada e alimentando um organismo maior, representa metaforicamente o desenvolvimento do indivíduo e da estrutura social e física onde está inserido. O cosmos está presente em cada um, em cada classe, em cada escola; só a partir desta conscientização podemos ampliar este conceito e falar de consciência global. Este conceito não permite tratar as áreas de estudo como compartimentos estanques, mas leva às últimas consequências o que a moderna pedagogia chama de interdisciplinaridade e que é parte do conceito de "educação cósmica" de Montessori que objetiva a vinculação do conhecimento explicitado nos "conteúdos" à Vida, invalidando o conhecimento destinado única e exclusivamente ao universo escolar, exigindo a construção de significados que em última instância são a satisfação da motivação interna, que gera novas motivações criando um círculo inteligente e prazeroso de busca e encontro com o conhecimento.Aprender a aprender deverá ser o objetivo de toda educação no século XXI.
A venda de "serviços" substituirá a venda das "forças de trabalho", pois esta num futuro muito próximo estará delegada às máquinas. A gerência dessa nova postura requer habilidade de criar, vender e administrar seu próprio negócio, exigindo do indivíduo uma gama maior de conhecimentos. Estamos retornando à necessidade de adquirirmos qualidade e diversidade de conhecimentos, aliados a uma readaptação contínua.
Montessori, que nos alertou para a necessidade de um novo homem, nos deixou os preceitos necessários à sua educação: a crença de que na escola possam ser vividos novos paradigmas. Não mais o conhecimento isolado, mas a visão sistêmica; o padrão e não a categoria; a cooperação e não a competição; processos e não prescrições; qualidade e não quantidade; a conexão e não a separação; a descentralização e não a centralização; a vida e não apenas o homem.
A meta maior a ser alcançada pela educação montessoriana é a Universal, através da formação de pessoas que, conscientes da sua individualidade possam fazer parte do organismo maior que é a sociedade humana, a qual responde pela administração da Terra. "A vida mantém a vida", foi uma das afirmações de Montessori. Esta frase, aparentemente simplória, delega ao homem, vida detentora da inteligência racional do planeta, a responsabilidade pelas outras vidas que a Terra acolhe e mantém. A harmonia, requisito fundamental da Paz, se constrói do menor para o maior, do restrito para o amplo, da unidade para o todo, do homem para a sociedade, da criança para o adulto.
Na educação infanto-juvenil está a esperança de mudanças sociais significativas. A Paz necessita da liberdade e esta é um dos nossos pilares. A liberdade da qual falamos e temos instalada nos ambientes de aprendizagem montessorianos necessita do limite, que pode advir de outras liberdades. Do equilíbrio destas nasce a liberdade maior, a que almejamos. A vida social impõe regras e leis (da polidez ao direito do outro) e são estes quesitos que permitem à criança emergir do egocentrismo à sociabilidade. Mário Montessori Jr. a conceitua bem no trecho: "O verdadeiro grupo permite que cada membro sinta-se livre para ser ele mesmo, ao mesmo tempo que cada indivíduo ajusta sua própria (personalidade) liberdade em favor do bem-estar geral, a excessiva; a liberdade individual leva ao caos. A excessiva uniformidade imposta pelos adultos, leva a um conformismo impessoal ou à rebeldia."
Professores, diretores, coordenadores, funcionários, famílias, crianças e adolescentes que fazem o Sistema Montessori, aprendem a conviver com diferenças explícitas e implícitas, enfrentando e minimizando suas próprias diferenças. Somos um espaço aberto à integração, à uma sociedade mais sadia, onde todos contribuem para o melhor de si mesmo e podem usufruir das conquistas comuns. Solidariedade se aprende em criança, solidariedade se constrói na escola. Ser solidário é ser fruto dos modelos que podemos imitar e admirar, e da prática que exercemos através de nossas vidas desde crianças.
Trabalhamos na aceitação das diferenças orgânicas e cognitivas, mas também trabalhamos para transpor as diferenças sociais. Devemos procurar o equilíbrio da distribuição da riqueza material e cultural, dando a cada aluno a competência necessária para ser um cidadão produtivo e que tenha a seu alcance os recursos necessários para uma vida digna. Conscientizar-se da triste realidade social que nos cerca não basta. Precisamos desenvolver mecanismos p,,,Maranhãoara modificá-la e para isto o conhecimento dos direitos e dos deveres da cidadania é essencial.
A escola montessoriana está preparada para construir o novo homem, pois os pilares em que se baseia, são os que sustentarão as gerações vindouras: autoeducação, e educação cósmica aliadas a uma visão científica do processo educacional nos permite oferecer um ambiente onde pensar não é proibido, aprender é um prazer e viver harmoniosamente com a igualdade e a diferença é o nosso objetivo maior.
"(...) A humanidade se constitui, sob muitos aspectos, uma nação única. Inúmeras são as provas desta unidade, seja do ponto de vista econômico, seja do ponto de vista material e intelectual. A interdependência entre os vários povos criou sua unidade e a demonstraram, até mesmo as guerras modernas: o vencedor hoje não enriquece com a vitória e o vencido pesa sobre ele, em passividade..."
Maria Montessori, nos primórdios do século passado, anteviu de forma prodigiosa os problemas que enfrentaríamos e nos legou um caminho. Montessori preocupou-se com o desenvolvimento da competência cognitiva aliada ao desenvolvimento afetivo, buscou a excelência acadêmica calcada no desenvolvimento moral e ético; buscou a aliança entre um mundo novo e um homem novo, o equilíbrio que reside na distribuição justa da riqueza gerada pelas novas tecnologias e na Paz que permite o usufruto dessa nova realidade.
Artigo publicado na Revista OMB, número 1 (outubro de 1998)
Fonte: http://www.omb.org.br/ 
Comentário postado pelo aluno: Diogo Teixeira








quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Os Materias utilizados por Maria Montessori

O Material Dourado Montessori destina-se a atividades que auxiliam o ensino e a aprendizagem do sistema de numeração decimal-posicional e dos métodos para efetuar as operações fundamentais (ou seja, os algoritmos).
No ensino tradicional, as crianças acabam "dominando" os algoritmos a partir de treinos cansativos, mas sem conseguirem compreender o que fazem. Com o Material Dourado a situação é outra: as relações numéricas abstratas passam a ter uma imagem concreta, facilitando a compreensão. Obtém-se, então, além da compreensão dos algoritmos, um notável desenvolvimento do raciocínio e um aprendizado bem mais agradável.
O Material Dourado faz parte de um conjunto de materiais idealizados pela médica e educadora italiana Maria Montessori.
Nos anos iniciais deste século, Maria Montessori dedicou-se à educação de crianças excepcionais, que, graças à sua orientação, rivalizavam nos exames de fim de ano com as crianças normais das escolas públicas de Roma. Esse fato levou Maria Montessori a analisar os métodos de ensino da época e a propor mudanças compatíveis com sua filosofia de educação.
Segundo Maria Montessori, a criança tem necessidade de mover-se com liberdade dentro de certos limites, desenvolvendo sua criatividade no enfrentamento pessoal com experiências e materiais. Um desses materiais era o chamado material das contas que, posteriormente, deu origem ao conhecido Material Dourado Montessori.



Vamos conhecer o material das contas pelas palavras de Maria Montessori:
"Preparei também, para os maiorezinhos do curso elementar, um material destinado a representar os números sob forma geométrica. Trata-se do excelente material denominado material das contas. As unidades são representadas por pequenas contas amarelas; a dezena (ou número 10) é formada por uma barra de dez contas enfiadas num arame bem duro. Esta barra é repetida 10 vezes em dez outras outras barras ligadas entre si, formando um quadrado, "o quadrado de dez", somando o total de cem. Finalmente, dez quadrados sobrepostos e ligados formando um cubo, "o cubo de 10", isto é, 1000.
Aconteceu de crianças de quatro anos de idade ficarem atraídas por esses objetos brilhantes e facilmente manejáveis. Para surpresa nossa, puseram-se a combiná-los, imitando as crianças maiores. Surgiu assim um tal entusiasmo pelo trabalho com os números, particularmente com o sistema decimal, que se pôde afirmar que os exercícios de aritmética tinham se tornado apaixonantes.
As crianças foram compondo números até 1000. O desenvolvimento ulterior foi maravilhoso, a tal ponto que houve crianças de cinco anos que fizeram as quatro operações com números de milhares de unidades".
Essas contas douradas acabaram se transformando em cubos que hoje formam o Material Dourado Montessori.


É constituído por cubinhos, barras, placas e cubão, que representam:


  Fonte: http://educar.sc.usp.br/matematica/m2l2.htm
Comentário postado pela aluna:  Jhennyffer G. dos S. B de Castro

Pedagogia de Montessori

A pedagogia Montessoriana relaciona-se a normatização (consiste em harmonizar a interação de forças corporais e espirituais, corpo, inteligência e vontade). As escolas do Sistema Montessoriano são difundidas pelo mundo todo. O método Montessoriano tem por objetivo a educação da vontade e da atenção, com o qual a criança tem liberdade de escolher o material a ser utilizado, além de proporcionar a cooperação. Os princípios fundamentais do sistema Montessori são: a atividade, a individualidade e a liberdade. Enfatizando os aspectos biológicos, pois, considerando que a vida é desenvolvimento, Montessori achava que era função da educação favorecer esse desenvolvimento

Montessori

Maria Montessori foi a primeira médica italiana e dedicou-se, depois de sua licenciatura, à educação de crianças excepcionais num hospital psiquiátrico em Roma. Os conhecimentos e experiências acumulados nesse período encontraram grande difusão nas escolas primárias, jardins de infância e escolas especiais Montessori. Recebeu, desde 1912, inúmeros pedidos internacionais para divulgar o seu método. Partindo do princípio de que a criança possui uma personalidade própria, Montessori favorecia o livre desenvolvimento da atividade infantil pela concentração na aprendizagem de jogos e pela realização de tarefas autônomas preparadas por adultos. O autocontrole e a capacidade de decisão seriam os principais objetivos da aprendizagem. Suas obras mais importantes são A Descoberta da Criança (1909), O Método Montessori (1912) e Desenvolvimento do Método Montessori (1917).

Um pouco da Biografia de Montessori!!!!!!!!

Desde menina manifesta interesse pelas matérias científicas, principalmente matemática e biologia, resultando em conflito com seus pais, que possuíam o desejo que ela seguisse a carreira de professora.

Indo contra a expectativas familiares, ela se inscreve na Faculdade de Medicina da Universidade de Roma, escolha que a levou a ser, em 1896, a primeira mulher a se formar em medicina na Itália. Após sua formatura, iniciou um trabalho com crianças com necessidades especiais na clínica da universidade, vindo posteriormente dedicar-se a experimentar em crianças sem comprometimento algum, os procedimentos usados na educação dos que tinham comprometimento. Observou também, crianças que ficavam brincando nas ruas e criou um espaço educacional a estas crianças.